Há muito tempo, a morte “Icu” instalou-se numa cidade e dali
não quis mais ir embora.
A mortandade que ela provocava era sem tamanho e todas as
pessoas do local estavam apavoradas.
A cada momento caia
mais uma pessoa morta. Para a morte não fazia diferença alguma
se fosse homem ou mulher, e fosse velho, adulto ou criança.
A população desesperada e sem poder fazer nada, recorreu a
Oxalá pedindo que ajudasse
o povo daquela
cidade. Oxalá então mandou que fizessem oferendas, que ofertassem
uma galinha preta e o pó de giz preparado “efun”. Então o
povo fez tudo o que Oxalá ordenara.
Com o efun pintaram as pontas das penas da galinha preta e
em seguida soltaram no mercado.
Quando a morte viu aquele estranho bicho, assustou-se e
imediatamente foi-se embora,
deixando em paz o povo daquela cidade. Foi assim que Oxalá
fez surgir a galinha d’angola.
Desde então, as iaôs, sacerdotes e sacerdotisas dos Orixás,
são pintados como ela
para que todos se lembrem da sabedoria de Oxalá e da sua
compaixão para com o ser humano.
A galinha-d'angola, também conhecida por guiné,
galinha-do-mato, capote, capota, sakué e pintada.
Epa Baba
Ogan Juvenal
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