Waldomiro de Xangô
Waldomiro Costa Pinto,
(13 de dezembro de 1928 - 21 de fevereiro de 2007), conhecido como Waldomiro de
Xangô ou simplesmente Baiano, apelido que ganhou no Rio de Janeiro em razão da
sua origem baiana: Waldomiro foi iniciado pelo babalorixá Cristóvão de Ogun,
filho de santo de Dona Maria da Paixão, também conhecida por Maria de Oloroke.
Dona Maria e seu marido, Tio Firmo ou Baba Erufa, ambos ex-escravos, foram os
fundadores do Axé Oloroke, tradicional terreiro da nação Efon em Salvador,
Bahia. Na década de 1970 passou a fazer parte da nação Ketu ao tomar suas
obrigações com Mãe Menininha do Gantois. Tornou-se um dos principais difusores
do candomblé da matriz Ketu nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo a partir
da década de 1980.
Era um babalawo-orixás (Babalorixá que é ao mesmo tempo um
Babalawo) mais antigos do Brasil.
Conhecido também como Baiano de Xangô, fundou na década de
1940 o Ilê Babá Ogún Megégé Axé Barú Lepé (casa de candomblé de Xangô),
conhecida também por terreiro de Santo Antonio dos Pobres ou mais popularmente
entre os adeptos da religião como o terreiro do Parque Fluminense, na Baixada
fluminense, cidade do Rio de Janeiro. Atualmente o terreiro encontra-se em
processo de tombamento pelo Ministério da Cultura. Após o falecimento de
Waldomiro de Xangô, seu neto Sandro de Oxalá foi empossado como sucessor do
terreiro do Parque Fluminense.
Tata Pércio de Xangô
Tata Pércio de Xangô, babalorixá do Candomblé de São Paulo
do Ilé Alákétu Asè Airá, localizado na Vila Batistini em São Bernardo do Campo.
O professor Reginaldo Prandi escreveu: "Pérsio de
Xangô, que já morava em São Paulo com casa de umbanda, voltou à Bahia em 1965,
onde se iniciou com Nézinho de Muritiba, sendo sua dofona de barco Tia Nilzete,
filha carnal de Simpliciana, iyalorixá do Axé de Oxumarê, em Salvador. Em 1971,
Pérsio iniciou Tonhão de Ogum, de quem mãe Rosinha foi a mãe-pequena.
SeuNézinho da Muritiba era o chefe do Terreiro do Portão de Muritiba, no
Recôncavo, onde Mãe Rosinha de Xangô era mãe-pequena."
Após o falecimento de Nézinho de Muritiba, Tata Pérsio deu
obrigação de 7 anos com Mãe Menininha, iyalorixá do Terreiro do Gantois,
Salvador, Bahia, raiz de axé a que se encontra filiado até a presente data.
Tatá Pérsio de Xangô faleceu na madrugada de 14 de dezembro
de 2010 devido a problemas de diabetes, foi um dos mais importantes babalorixá
do Candomblé de São Paulo, do Ilé Alákétu Asè Airá, localizado no bairro
Batistini, em São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC.
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